O Brasil é um país de música. Deve sua riqueza de expressão musical à síntese das tradições européias, africanas e indígenas. Da interação entre as flautas de junco indianas, os instrumentos de percussão africanos e as violas portuguesas, da combinação da cultura musical portuguesa com os ritmos dos escravos africanos, surgiu uma música de extraordinária variedade e beleza. Sejam as composições clássicas de Villa-Lobos, os sons suaves da Bossa Nova ou o animado Samba. No início da década de 1920, surgiu um novo estilo de música. Sob o comando de Heitor Villa-Lobos, a nova vanguarda brasileira fundiu expressões de vanguarda importadas da Europa com temas e ritmos da Música Popular Brasileira em suas obras e integrou instrumentos musicais populares à orquestra clássica.
MPB – Cultura musical brasileira em sua quintessência
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Música Popular Brasileira, um termo genérico para as variedades folclóricas e populares da música brasileira, é caracterizada por uma variedade de sons e uma riqueza de formas. Ela combina estilos musicais tradicionais brasileiros, como a bossa nova, com estilos musicais estrangeiros, como o rock e o reggae. No início, os instrumentos tradicionais europeus, como violão, piano e flauta, eram combinados com uma variedade de instrumentos rítmicos, como triângulo, chocalho, tambor, pandeiro e cuíca. Atualmente, a MPB combina um grande número de estilos e também faz muito sucesso internacionalmente.
Os músicos mais conhecidos da MPB são Roberto Carlos, Daniela Mercury e Milton Nascimento. Na MPB, podem ser encontrados alguns estilos musicais da música tradicional brasileira, que têm enorme influência na cultura brasileira.
Samba — estilo animado de dança e música
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O samba, associado ao Brasil, surgiu há cerca de 100 anos no Rio de Janeiro, influenciado pela música africana. Esse estilo desempenha um papel essencial no carnaval de rua brasileiro, onde diversos grupos tocam e dançam ao ritmo contagiante do samba. Com várias expressões e subgêneros regionais, o samba se divide em estilos como o samba enredo (para desfiles de carnaval), o pagode (em pequenas rodas), o samba de roda (tradicional) e o samba canção (mais suave, como uma balada). A dança samba segue o ritmo rápido e possui movimentos intensos dos quadris e das pernas, com algumas diferenças entre os estilos europeu e brasileiro. A essência do samba é vivida nos eventos de carnaval. Artistas icônicos incluem Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Carmen Miranda. Vale a pena ouvir e experimentar esse estilo tão característico do Brasil!
Bossa Nova — Música para curtir
A bossa nova é a fusão de elementos rítmicos da América do Sul com as harmonias do jazz da América do Norte. O fundador do gênero é Antonio Carlos Jobim, um pianista brasileiro que trabalhou como pianista de bar no Rio de Janeiro quando era jovem. Assim, ele se apropriou da música popular de sua época, o jazz americano, e a fundiu com a música de sua infância e juventude, o samba brasileiro, o choro e estilos semelhantes. O elemento estilístico do gênero, além dos acordes em quatro partes e extensões de acordes adotados do jazz, é um pulso básico que flui constantemente em 2/4 de tempo, muitas vezes em 4/4 de tempo, adotado principalmente do samba. Isso também se tornou um estilo de dança por si só. O termo remonta a uma música de Noel Rosa. Além de Jobim, os músicos mais conhecidos são Vinícius de Moraes, que, como pianista e compositor mais conhecido do Brasil, também criou o drama subjacente ao filme clássico “Orfeu Negro”, que tornou a bossa nova famosa em todo o mundo, e Bebel Gilberto, que, como cantora, modernizou a bossa nova na década de 1990 e a conduziu ao próximo milênio.
Choro — Melancolia ao alcance da mão
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O choro é um estilo musical brasileiro muito antigo, que se originou por volta de 1870 no Rio de Janeiro e serviu, entre outras coisas, como precursor do samba. O choro passou por altos e baixos, mas está desfrutando de um ressurgimento de popularidade desde 1990. Esse estilo de música é puramente instrumental e sempre tem um tom muito melancólico. A palavra portuguesa “choro” significa algo como “lamento” e explica a música melancólica. Tradicionalmente, um grupo de choro é composto por um ou dois violões, um cavaquinho, um pandeiro, vários instrumentos de percussão e diversos instrumentos solo, geralmente flauta, clarinete ou bandolim. A função de baixo era originalmente fornecida pelo ophicleide e, desde a década de 1930, muitas vezes por um violão de sete cordas. Com o tempo, mais e mais variações de instrumentos foram adicionadas, em alguns casos até mesmo vocais.
Tropicalismo — A rebeldia na música brasileira
O Tropicalismo foi um movimento cultural de vanguarda que surgiu nos anos de 1967 e 1968 no Brasil, nas artes e especialmente na música. Naquela época, o Brasil vivia uma série de conflitos como censura, greves e movimentos estudantis que culminaram em um regime ditatorial no país.
Como um movimento libertário e revolucionário, buscou romper com a bossa nova e aproximar a música brasileira de aspectos da cultura popular, como o samba, o pop, o rock e a psicodelia. O estilo se baseia fortemente no rock, na bossa nova e nas influências da música folclórica brasileira e portuguesa. Com o passar dos anos, a música pop eletrônica foi adicionada. Entre os compositores notáveis estão Caetano Veloso e Gilberto Gil, que lideraram o movimento, bem como Nara Leão, Tom Zé, Gal Costa, Os Mutantes, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Jorge Bem e Maria Bethânia.
A vibrante cultura musical do Brasil
A cultura musical brasileira é um reflexo da história e das características culturais do país. Do samba divertido ao lado melancólico do choro, passando pela rebeldia do tropicalismo, a música brasileira tem muitas facetas a oferecer, mas permanece, em sua maior parte, alegre e divertida. Esses elementos também são encontrados em muitos outros elementos culturais do Brasil, mas raramente se destacam como na música brasileira, especialmente na música ao vivo
