O funk carioca entra na cultura do futebol no Brasil

O funk carioca entra na cultura do futebol no Brasil

O Brasil adora dançar, e é natural que seus representantes na Copa do Mundo também dancem. A Dança do Pombo de Richarlison, os passos extravagantes de Paquetá e as sacudidas de quadril de Vinicius se tornaram virais nas mídias sociais, portanto, faz sentido que as músicas brasileiras tenham crescido em popularidade graças à equipe nacional brasileira.

Um gênero de música que está pegando fogo, em particular, é o funk carioca. Carinhosamente apelidado de funk de favela, é um estilo de funk tradicional brasileiro. Ele surgiu dos diferentes gêneros de samba e música latina em Miami. O funk carioca explodiu no final dos anos 70, coincidindo com o surgimento do hip-hop em Miami e nos Estados Unidos. No início, a estrutura de rimas simples e amigáveis inspirava-se em Kool & The Gang, LL Cool J e Salt-N-Pepa. Depois, com a música Feira de Acari, o funk carioca começou a explorar temas maduros, tanto política quanto sexualmente.

O funk carioca logo alcançou popularidade em todas as favelas do Brasil. Muitas vezes, os artistas falavam de assuntos diretamente relacionados às pessoas que viviam nessas áreas. Problemas com drogas, crimes e sexo aparecem no Rap da Felicidade e no Rap da Rocinha.

O funk carioca é mais do que apenas música

Mas o funk carioca não é apenas um gênero musical cativante, mas também um posicionamento contra o governo opressor do Brasil.

O governo brasileiro tentou, sem sucesso, banir o funk carioca das ondas do rádio. Supostamente, chegou ao ponto de atirar em MCs que defendiam o uso do funk de favela. No entanto, ele só se tornou mais popular graças ao gênero proibidão, patrocinado por organizações criminosas e gangues.

O funk brasileiro que vemos em todas as mídias sociais é o funk ostentação. Esse gênero apresenta músicas centradas em carros, bebidas, sexo, sair da favela e gastar desnecessariamente em coisas que não valem a pena comprar.

O funk carioca pode ser facilmente reconhecido por seu tema. No entanto, você também pode identificar o funk de favela com sua batida de tamborzão de inspiração eletrônica, mas exclusivamente brasileira. O tamborzão é traduzido como tambor grande em inglês e resume perfeitamente a força motriz do funk de favela: o tambor grande que move as músicas.

O samba foi rejeitado por suas origens afro-brasileiras e raízes na classe trabalhadora, mas logo se tornou popular entre a elite brasileira e passou a fazer parte da identidade nacional do Brasil. O mesmo se aplica ao funk carioca, gênero originário das favelas do Brasil, mas que logo se tornou uma opção musical popular fora das favelas e do país.

Muitos políticos e cidadãos votaram a favor da criminalização do funk de favela. Por exemplo, há propostas para proibir a venda da música, a realização de shows ou simplesmente a organização de festas. No entanto, políticos populares como o ex-jogador de futebol Romário e o atacante do Spurs Richarlison promoveram e defenderam o funk carioca. Ele representa uma nova e empolgante geração do Brasil, que está crescendo com um novo presidente, uma economia melhor, taxas de desemprego mais baixas e um novo gênero musical cativante.

Como a música cresceu

Com as grandes vitórias do Brasil, ressurgiram clipes de Neymar cantando a música popular Parado no Bailão enquanto comemorava um gol há cerca de quatro anos. Juntamente com a grande mídia social da equipe brasileira, tivemos clipes de Richarlison, Lucas Paquetá, Raphinha, Vinicius Junior e outros dançando músicas como Se Voce Nao Quer Passa a Vez e Jogadinha de Paquetá.

A música Tubarao te Amo viralizou no TikTok por dois motivos. Uma postagem em massa da criadora Milena Almeida ajudou no crescimento. Assim como uma dança associada à música e os fãs criando várias edições de futebol. Há 1,7 bilhão de visualizações incluindo essa música na plataforma.

Além disso, essa música deu início a uma nova fase da música brasileira em termos de popularidade. Phonk é um gênero musical de ritmo acelerado e com muito cowbell que se originou do rap de Memphis dos anos 90. Tornou-se popular em 2020 com o single de KORDHELL, MURDER IN MY MIND. É rápido e enérgico, mas sombrio, com batidas profundas. Emparelhado com a batida estrondosa do tamborzão, foi uma combinação perfeita. O phonk brasileiro assumiu o monopólio que o funk carioca tinha nas mídias sociais.

Apego à cultura do futebol

Histórias interessantes

No Tiktok, a tag “funk brasileiro” ultrapassou 242 milhões de visualizações, as postagens com a hashtag “Funkcarioca” têm 661,8 milhões de visualizações, #paradonobailao tem 633,8 milhões de visualizações e #tubaraoteamo tem 1,7 bilhão de visualizações. Em comparação, a tag USMNT tem cerca de 939,3 milhões de visualizações e a #MLS tem 3,1 bilhões de visualizações.

Embora o funk carioca tenha grande presença on-line, o gênero mais ouvido no Brasil é o sertanejo, originário do interior do país. Apresenta muitas harmonias vocais, violões e a cultura do sertanejo é um pouco semelhante à estética do cowboy texano que alguns artistas sertanejos praticam. Richarlison (Dança do Pombo), Lucas Paqueta (Jogadinha do Paqueta), Neymar (Ô Neymar), Ronaldinho (Mega Sequência Do Ronaldinho), Thiago Silva (Thiago Silva) e Vinicius Junior (E o Pombo, E o Neymar, Vinicius Junior E Paqueta) têm músicas que levam seus nomes

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